#NaTora Coletivo

TOUR NORDESTINA – DIÁRIO DE BORDO 2

Diário de bordo da tour do SeuZé pelo Nordeste – Campina Grande e Recife

Depois do show em Maceió, no dia 16/04, retornamos para Natal e tivemos três dias de folga para tratar de assuntos pessoais.

Na quarta-feira, dia 20/04, pegamos a estrada rumo à Campina Grande por volta das 19h30. Optamos por seguir pela BR-101 e já quase em João Pessoa pegar a BR-230. Essa opção de caminho nos fez percorrer cerca de 40 km a mais do que a rota pelo interior do RN e PB, mas nos proporcionou pista duplicada, segura e quase perfeita em quase 90% do trajeto. Fica a dica para as bandas que precisarem fazer esse percusso, principalmente à noite.

Às 22h30 chegamos em Campina Grande e fomos direto para o Bronx Bar, onde fomos recepcionados por Rienzy, do NaTora Coletivo. Essa foi a nossa segunda passagem por Campina, já que em 2007 tocamos no Parque do Povo, no lançamento da Coletânea Esquina Brasil. Assim como na primeira ocasião, nos surpreendemos com o fato de muitos campinenses já conhecerem o SeuZé a ponto de pedirem as canções pelo nome e cantarem muitas músicas da banda.


Hazamat no Bronx Bar

Por volta de meia-noite, o Hazamat (PB) – com quem fizemos a tour – subiu ao palco, para o que seria o melhor show da banda em toda a turnê. O Bronx Bar é um pub que deve se transformar em um verdadeiro inferninho em dias de maiores lotações. Esse não foi o caso da nossa data. Cerca de 50 pessoas apareceram no espaço para prestigiar os shows. Mais uma vez, o público relativamente pequeno não foi empecilho para shows redondos, seguros e para uma ótima venda de camisas e CDS das bandas. Em Campina o SeuZé vendeu boa parte do material de merchandising que havia levado para a cidade.


SeuZé em Campina Grande

Sentimos falta de uma banda anfitriã para somar na noite e para fazer o importante network que fomos construindo ao longo da tour. Desse modo, ao fim do show do Hazamat, subimos ao palco do Bronx para uma apresentação com cerca de 50 minutos de duração.  No setlist, mais uma vez privilegiamos as canções do nosso último CD, A Comédia Humana, mas também tocamos outras dos discos anteriores.

Ao final dos shows, rumamos com os amigos do Hazamat e outras figuras que conhecemos na noite para um after no Banana Beer. Depois de algumas cervejas e boas conversas, rumamos para a nossa hospedagem solidária em Campina, a casa de uma familiar dos colegas pessoenses, lugar em que fomos muito bem recepcionados e onde descansamos até o dia anterior, já que precisávamos pegar a estrada o mais rápido possível para Recife.

Na quinta-feira, dia 21/04, ao acordarmos, fomos nos encontrar com a outra parte das bandas que ficou espalhada por outros bairros de Campina Grande. Almoçamos em um shopping da cidade e seguimos de volta pela BR-230. No intuito de conseguir levar os nosso amplificadores e outros equipamentos de palco, o SeuZé fez a segunda perna da tour em 2 carros, um deles uma pickup que acomodou bem o nosso lineup e bagagens. A escolha foi acertada já que garantimos uma ótima sonorização em todos os lugares por onde passamos.

Fizemos o percurso Campina Grande-Recife em cerca de 3 horas. Às 17h já estávamos na capital pernambucana. Lipe, FeLL e Diego Bezerra (substituto de Augusto na tour) se hospedaram em um excelente albergue no bairro de Boa Viagem, o Piratas da Praia, que costuma abrigar bandas e pessoas ligadas ao Lumo Coletivo. A localização do albergue foi ótima, já que ficamos à cerca de 10/15 minutos do Burburinho, local do nosso show, além de bem servidos de bons restaurantes.

Depois de nos alojarmos e de uma pausa para jantar, nos encontramos com Telo, hospedado em um AP de luxo no mesmo bairro – o que lhe rendeu a alcunha de burguês da turnê – rumamos para o Burburinho por volta das 22h. Essa data da tour foi organizada por Leo Rodrigues, da Fervo Produtora.


Gleisson Jones, no Burburinho

Depois de barganhar com os implacáveis flanelinhas recifenses e de arrumar o equipamento no palco, nos deliciamos com o excelente show de Gleisson Jones, ex-guitarrista da Rádio de Outono, banda que tocou em Natal, no MADA de 2005. Desacompanhado da sua banda de apoio, Gleisson se garantiu em um show intimista, tirando um som incrível do seu violão Taylor e entoando lindas canções que pegaram os desavisados de surpresa. Trocamos ideias com o cara e provavelmente voltaremos a fazer coisas juntos em breve.


SeuZé em Recife

A lotação do Burburinho foi ótima para a noite. Praticamente todas as mesas do pub estavam ocupadas. Subimos ao palco por volta da meia-noite e nos aproveitamos do traquejo que fomos adquirindo ao longo desses 8 anos de estrada. Adaptamos a dinâmica do show ao lugar, seguramos um pouco a pegada nos instrumentos e conseguimos nos comunicar muito bem com o público presente. Destaque para Telo, que soube segurar a mão como poucos na bateria, e mesmo assim tirou um som lindo do instrumento. Fizemos um show com cerca de 1 hora e a recepção do público não poderia ter sido melhor. Vendemos muitos CDs e recebemos alguns convites para voltar à cidade em breve.

Enquanto o Hazamat se preparava para subir ao palco, demos uma rápida entrevista para Roy, do Programa Distorção da FM 98,5, rádio recifense.

Os colegas paraibanos começaram o show na sequência e pecaram um pouco por não terem conseguido trabalhar a dinâmica da apresentação. O som estava muito alto para um lugar em que o ideal seria segurar um pouco mais. Talvez isso tenha dificultado um pouco a comunicação inicial com o público. Mesmo assim, a execução das canções foi impecável como nas demais apresentações da tour. Ao final do show, Lipe Tavares subiu ao palco do Hazamat para fazer uma participação que se repetiria em outros shows da tour.

Ao fim dos shows, pausa breve para a degustação de algumas Heineken de 600 ml e era hora de descanso um breve descanso, já que no dia seguinte precisávamos pegar a estrada rumo à João Pessoa.

Continua…